{"id":2993,"date":"2014-02-19T12:18:45","date_gmt":"2014-02-19T12:18:45","guid":{"rendered":"http:\/\/faepe.com.br\/?p=343"},"modified":"2022-09-26T20:20:49","modified_gmt":"2022-09-26T23:20:49","slug":"como-o-clima-afeta-a-sua-mesa-2","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/faepe.com.br\/como-o-clima-afeta-a-sua-mesa-2\/","title":{"rendered":"Como o clima afeta a sua mesa"},"content":{"rendered":"

\"farinha\"<\/a><\/p>\n

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Farinha de mandioca, campe\u00e3 de aumento em 2013, continua com altas
\nHeudes R\u00e9gis \/ JC Imagem<\/p>\n

Fonte: JC Online<\/p>\n

Efeitos clim\u00e1ticos voltaram a pressionar para cima o pre\u00e7o dos alimentos. Ano passado, a seca do Nordeste criou vil\u00f5es locais da infla\u00e7\u00e3o que continuam a escalada de pre\u00e7os, com destaque para a farinha de mandioca e o inhame. Mas no Sudeste e no Sul, o risco de frio intenso deu lugar \u00e0 certeza de ondas de calor que prejudicam ma\u00e7\u00e3s e laranjas. O resultado: produtos de menor qualidade e pre\u00e7os altos, uma press\u00e3o a mais na infla\u00e7\u00e3o dos alimentos.
\nProdutos que come\u00e7aram as altas no ano passado continuam a prejudicar o consumidor em 2014. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat\u00edstica (IBGE), que mede a infla\u00e7\u00e3o oficial do Pa\u00eds, no Grande Recife o inhame subiu 37% ano passado e s\u00f3 em janeiro avan\u00e7ou mais 18%. O abacaxi cresceu 28% em 2013 j\u00e1 subiu mais 7,51%.
\nO mesmo ocorre com itens da cesta b\u00e1sica, segundo o Departamento Intersindical de Estudos Socioecon\u00f4micos (Dieese): a farinha de mandioca, vil\u00e3 de 2013, est\u00e1 18% mais cara que em janeiro passado e o tomate, 16%.
\n“Ano passado a farinha j\u00e1 havia triplicado de pre\u00e7os”, diz Jackeline Natal, pesquisadora do Dieese.
\nMas o calor agora tamb\u00e9m \u00e9 problema at\u00e9 no Sul. “Nos \u00faltimos dois anos foi a geada, com granizo cada vez mais frequente. Este ano fomos atingidos por uma forte onda de calor nunca vista”, afirma Pierre Nicolas P\u00e9r\u00e8s, presidente da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Produtores de Ma\u00e7\u00e3 (ABPM). O calor queima a casca da fruta, que cai do p\u00e9 antes de amadurecer.
\nEm 2013 foram 1.080 toneladas de ma\u00e7\u00e3s, com previs\u00e3o inicial de alcan\u00e7ar outras 1.150 toneladas este ano – 75% para o mercado nacional.
\n“Mas j\u00e1 \u00e9 praticamente certo que vamos ter queda com rela\u00e7\u00e3o ao previsto”, diz Pierre. O momento \u00e9 de colheita. Na safra passada, o pre\u00e7o subiu 40%, vendido em uma faixa de R$ 1,40 a R$ 1,90 o quilo da fruta. Ele diz n\u00e3o saber a subida atual. No varejo do Grande Recife, segundo o IBGE, s\u00f3 em janeiro a ma\u00e7\u00e3 j\u00e1 subiu 11,89%, mais do que os 11,38% acumulados em 2013.
\nNo Sudeste, a laranja-pera, produ\u00e7\u00e3o que abastece o mercado nacional, a ind\u00fastria e tamb\u00e9m \u00e9 exportada, tamb\u00e9m foi afetada. A fruta subiu 31% no Grande Recife em 2013 e havia desacelerado em janeiro, com alta de apenas 2%.
\n“A seca reduziu o tamanho da laranja e tamb\u00e9m queima a casca. A fruta fica menos atrativa e significativamente mais cara. A situa\u00e7\u00e3o \u00e9 bastante grave”, afirma Fl\u00e1vio Viegas, presidente da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Citricultura (Associtrus). “Por outro lado, se vier chuva forte, pode provocar incha\u00e7o r\u00e1pido e rachamento da fruta”, explica Viegas.
\nCEASA<\/p>\n

Os pre\u00e7os no Centro de Abastecimento e Log\u00edstica de Pernambuco, a conhecida Ceasa, indicam uma subida mais acentuada no valor das frutas do que em hortali\u00e7as, que no final de janeiro tiveram o pre\u00e7o normalizado.
\n“Em 2011, a cesta de 14 frutas custava R$ 500. Em janeiro de 2013, chegou a R$ 628. M\u00eas passado, atingiu R$ 758. E hoje chegou a um pico de R$ 830”, diz Marcos Barros, chefe de informa\u00e7\u00e3o do mercado agr\u00edcola da Ceasa. “Parte das frutas est\u00e1 inflacionada, acima das m\u00e9dias hist\u00f3ricas”, comenta ele.
\nEnquanto isso, em um movimento inverso, a cesta de hortali\u00e7as, com 18 produtos, no final de janeiro atingiu seu auge, de R$ 533. Mas j\u00e1 caiu para R$ 424.
\nUm exemplo de alta de pre\u00e7os \u00e9 o abacaxi, que historicamente custava R$ 1,20 a unidade. Atualmente, a fruta, que est\u00e1 vindo do Piau\u00ed, est\u00e1 em uma faixa de pre\u00e7os de R$ 2,50 a R$ 3. Da mesma forma, o cento da banana, tamb\u00e9m produzida no Nordeste, antes sa\u00eda a uma m\u00e9dia de R$ 7, alcan\u00e7ou os R$ 12.
\n“S\u00e3o pre\u00e7os considerando j\u00e1 a m\u00e9dia sazonal, ou seja, a \u00e9poca do ano”, comenta o chefe de informa\u00e7\u00e3o da Ceasa.
\nSegundo ele, outro produto que anda bem caro \u00e9 o coco seco. O cento ficava por volta de R$ 90, mas passou para R$ 160. “Nem precisaria pesquisar muito para perceber a subida. Voc\u00ea anda na rua, no Centro do Recife, e o pre\u00e7o da \u00e1gua de coco chega a R$ 2”, avalia Barros.
\nNa opini\u00e3o dele, assim como as hortali\u00e7as alcan\u00e7aram seu \u00e1pice de pre\u00e7os, a tend\u00eancia dos demais produtos \u00e9 recuar. “Queria aproveitar e ressaltar que as hortali\u00e7as est\u00e3o a valores muito atraentes. O consumidor pode aproveitar. O alface, que custava em m\u00e9dia R$ 0,40, R$ 0,44, est\u00e1 por R$ 0,30. \u00c9 o mesmo com v\u00e1rios outros produtos. \u00c9 s\u00f3 vir conferir”, garante Marcos.<\/p>\n

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Seca no Nordeste e onda de calor no Centro-Sul reduzem qualidade e aumentam pre\u00e7o de produtos<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":344,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"site-sidebar-layout":"default","site-content-layout":"default","ast-global-header-display":"","ast-main-header-display":"","ast-hfb-above-header-display":"","ast-hfb-below-header-display":"","ast-hfb-mobile-header-display":"","site-post-title":"","ast-breadcrumbs-content":"","ast-featured-img":"","footer-sml-layout":"","theme-transparent-header-meta":"","adv-header-id-meta":"","stick-header-meta":"","header-above-stick-meta":"","header-main-stick-meta":"","header-below-stick-meta":"","footnotes":""},"categories":[13,12],"tags":[],"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/faepe.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/2993"}],"collection":[{"href":"https:\/\/faepe.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/faepe.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/faepe.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/faepe.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=2993"}],"version-history":[{"count":1,"href":"https:\/\/faepe.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/2993\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":3987,"href":"https:\/\/faepe.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/2993\/revisions\/3987"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/faepe.com.br\/wp-json\/"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/faepe.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=2993"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/faepe.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=2993"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/faepe.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=2993"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}