{"id":2984,"date":"2014-02-11T12:04:55","date_gmt":"2014-02-11T12:04:55","guid":{"rendered":"http:\/\/faepe.com.br\/?p=306"},"modified":"2022-09-26T20:21:02","modified_gmt":"2022-09-26T23:21:02","slug":"falta-de-chuvas-ja-afeta-a-producao-no-campo-e-provoca-alta-de-precos","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/faepe.com.br\/falta-de-chuvas-ja-afeta-a-producao-no-campo-e-provoca-alta-de-precos\/","title":{"rendered":"Falta de chuvas j\u00e1 afeta a produ\u00e7\u00e3o no campo e provoca alta de pre\u00e7os"},"content":{"rendered":"

Fonte: \u00a0O Estado de S. Paulo<\/p>\n

Depois do setor el\u00e9trico, o pr\u00f3ximo da lista dos poss\u00edveis afetados pela forte estiagem que atinge a Regi\u00e3o Centro-Sul \u00e9 o agroneg\u00f3cio. Ainda n\u00e3o h\u00e1 dados consolidados sobre o estrago que a falta de chuvas combinada com altas temperaturas t\u00eam provocado no campo. Mas produtores de gr\u00e3os, verduras, caf\u00e9, laranja e pecuaristas est\u00e3o apreensivos em rela\u00e7\u00e3o \u00e0s prov\u00e1veis perdas, que j\u00e1 se traduzem em alta de pre\u00e7os.
\nDesde o fim de janeiro, as cota\u00e7\u00f5es de milho, soja e trigo subiram cerca de 5% em d\u00f3lar na Bolsa de Chicago. Em Nova York, o caf\u00e9 teve valoriza\u00e7\u00e3o de 19%. As verduras estavam 30% mais caras no atacado do Ceagesp na \u00faltima semana.
\n“Nos \u00faltimos anos, o problema era o excesso de chuvas, agora \u00e9 a seca”, afirma o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Biritiba-Mirim, Ronald Tuda, que re\u00fane cerca de 300 agricultores de hortali\u00e7as no cintur\u00e3o verde de S\u00e3o Paulo.
\nEle calcula 70% de perdas nas lavouras de verduras da regi\u00e3o por causa da seca. O engradado com 80 p\u00e9s de alface, por exemplo, que sa\u00eda por R$ 30 no m\u00eas passado, hoje custa R$ 80. Apesar da valoriza\u00e7\u00e3o do pre\u00e7o ao produtor, os agricultores n\u00e3o est\u00e3o se beneficiando. “Tem produtor parado h\u00e1 mais de um m\u00eas, esperando a chuva para plantar.”
\nNos gr\u00e3os, o quadro \u00e9 heterog\u00eaneo. No caso da soja, apesar de alguns importantes Estados produtores estarem sendo afetados pela seca, essa poss\u00edvel redu\u00e7\u00e3o da produ\u00e7\u00e3o dever\u00e1 ser compensada por rendimentos acima das expectativas, j\u00e1 observados em algumas localidades dos Estados de Mato Grosso, Rond\u00f4nia e Paran\u00e1, onde a produtividade m\u00e9dia deve superar 55 sacas por hectare, avalia a consultoria Informa Economics FNP. Segundo a consultoria, a produ\u00e7\u00e3o de soja dever\u00e1 atingir a marca de 89,7 milh\u00f5es de toneladas.
\nEm Goi\u00e1s, os produtores de soja enfrentam a falta de chuvas regulares desde meados de dezembro e calculam uma perda de safra de aproximadamente 15%, o equivalente a 1,4 milh\u00e3o de toneladas. “Isso pode representar preju\u00edzos de mais de R$ 1,3 bilh\u00e3o”, diz Pedro Arantes, consultor da regional do Servi\u00e7o Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).
\nJ\u00e1 o cen\u00e1rio \u00e9 diferente para o milho. Segundo a consultoria, os rendimentos observados na safra de milho de ver\u00e3o est\u00e3o entre 5% e 10% abaixo das expectativas do in\u00edcio da safra. A combina\u00e7\u00e3o de pouca chuva nos Estados de S\u00e3o Paulo, no norte do Paran\u00e1, Minas Gerais e Goi\u00e1s nos \u00faltimos meses e a redu\u00e7\u00e3o das \u00e1reas plantadas devem resultar numa produ\u00e7\u00e3o cerca de 10% menor em rela\u00e7\u00e3o \u00e0 do ano passado, calcula a FNP.
\nPerenes. O risco de estrago da seca inclui lavouras perenes, isto \u00e9, aquelas que s\u00e3o plantadas apenas uma vez. O presidente da Federa\u00e7\u00e3o da Agricultura e Pecu\u00e1ria do Estado de S\u00e3o Paulo (Faesp), F\u00e1bio Meirelles, informa danos nas planta\u00e7\u00f5es de cana, laranja, caf\u00e9 e nas pastagens, embora ainda n\u00e3o consiga quantificar os preju\u00edzos. “No caf\u00e9, j\u00e1 se perdeu muito da fase de nascimento das mudas e a pastagem secou”, exemplifica. Aos 85 anos e dono de terras herdadas do tatarav\u00f4 na regi\u00e3o de Mogiana, Meirelles conta que nunca havia visto seca como a atual.
\nEm Guaxup\u00e9 (MG), polo produtor de caf\u00e9 para exporta\u00e7\u00e3o, n\u00e3o chove desde o in\u00edcio de janeiro, diz o presidente da Cooxup\u00e9, Carlos Paulino. A falta de chuva na fase de forma\u00e7\u00e3o do gr\u00e3o pode reduzir em 20% a safra da cooperativa, estimada em 4,7 milh\u00f5es de sacas. Desde janeiro, o pre\u00e7o em reais ao produtor na regi\u00e3o subiu 32%. Mas n\u00e3o \u00e9 certo que o cafeicultor tire vantagem da situa\u00e7\u00e3o, caso ele n\u00e3o tenha caf\u00e9 para vender.
\n“A esperada desacelera\u00e7\u00e3o dos alimentos pode n\u00e3o ocorrer e h\u00e1 risco de que a comida pressione a infla\u00e7\u00e3o no 2.\u00ba trimestre”, alerta o diretor da GO Associados, Fabio Silveira.<\/p>\n

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Fonte: \u00a0O Estado de S. Paulo Depois do setor el\u00e9trico, o pr\u00f3ximo da lista dos poss\u00edveis afetados pela forte estiagem que atinge a Regi\u00e3o Centro-Sul \u00e9 o agroneg\u00f3cio. Ainda n\u00e3o h\u00e1 dados consolidados sobre o estrago que a falta de chuvas combinada com altas temperaturas t\u00eam provocado no campo. Mas produtores de gr\u00e3os, verduras, caf\u00e9, …<\/p>\n

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