{"id":2957,"date":"2014-01-20T14:15:02","date_gmt":"2014-01-20T14:15:02","guid":{"rendered":"http:\/\/faepe.com.br\/?p=239"},"modified":"2022-09-26T20:21:24","modified_gmt":"2022-09-26T23:21:24","slug":"o-mercado-e-a-fome-um-brasileiro-a-frente-da-fao-e-seus-desafios-2","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/faepe.com.br\/o-mercado-e-a-fome-um-brasileiro-a-frente-da-fao-e-seus-desafios-2\/","title":{"rendered":"O mercado e a fome. Um brasileiro \u00e0 frente da FAO e seus desafios"},"content":{"rendered":"

\"graziana\"<\/a><\/p>\n

 
\nO objetivo do agr\u00f4nomo Jos\u00e9 Graziano na Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas para a Alimenta\u00e7\u00e3o e a Agricultura \u00e9 o enfrentamento da fome no mundo. O problema tem solu\u00e7\u00e3o e requer vontade pol\u00edtica<\/p>\n

Fonte: Rede Brasil Atual<\/p>\n

Diretor-geral da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas para Agricultura e Alimenta\u00e7\u00e3o (FAO) h\u00e1 dois anos, completados em 1\u00ba de janeiro, o agr\u00f4nomo brasileiro Jos\u00e9 Graziano tem um problem\u00e3o para controlar: um or\u00e7amento pequeno, US$ 1 bilh\u00e3o ao ano, para enfrentar um flagelo que aflige 840 milh\u00f5es de seres humanos. E outro problema que est\u00e1 fora de seu controle: o vaiv\u00e9m nos pre\u00e7os de alimentos. \u201cO mercado financeiro est\u00e1 entre os respons\u00e1veis pela subida dos pre\u00e7os dos alimentos. N\u00e3o exatamente pela subida, mas pela volatilidade dos pre\u00e7os\u201d, afirma, em declara\u00e7\u00e3o que merece aten\u00e7\u00e3o. A FAO teve dificuldade em comprovar, e mais ainda em debater publicamente, a rela\u00e7\u00e3o entre os agentes do mercado financeiro e a oscila\u00e7\u00e3o que tanto prejudica o combate \u00e0 fome e a pobreza.
\nEntre 2002 e 2008, o \u00edndice mundial de pre\u00e7os de alimentos calculado pela ag\u00eancia da ONU subiu sem parar. Aumentou mais que o dobro do registrado seis anos antes. E continua oscilando, sempre em n\u00edveis elevados. Mas se antes a FAO relutava em falar abertamente sobre a influ\u00eancia da venda de commodities em bolsas de valores no custo da comida que vai diariamente para a mesa de bilh\u00f5es de pessoas, Graziano agora abre o jogo a respeito: o uso de gr\u00e3os, em especial o milho, para produ\u00e7\u00e3o de combust\u00edveis na Europa e nos Estados Unidos foi o grande fator utilizado pelos agentes especulativos para provocar uma alta que dura at\u00e9 hoje. Para solucionar o caso, adverte, ser\u00e1 necess\u00e1rio que Estados e sociedade controlem seus bancos e seus mercados.
\nGraziano p\u00f5e a erradica\u00e7\u00e3o da fome como uma das cinco metas centrais de seu mandato, de janeiro de 2012 a julho de 2015. E \u00e9 autoridade no assunto. Foi um dos idealizadores do programa Fome Zero e assumiu no in\u00edcio do governo Lula o Minist\u00e9rio Extraordin\u00e1rio de Seguran\u00e7a Alimentar e Combate \u00e0 Fome, que no ano seguinte seria transformado no Minist\u00e9rio do Desenvolvimento Social e Combate \u00e0 Fome. O programa foi pontap\u00e9 inicial de uma s\u00e9rie de a\u00e7\u00f5es que, entre 2003 e 2013, retiraram 36 milh\u00f5es de brasileiros da situa\u00e7\u00e3o de extrema pobreza. \u201cO maior ingrediente que falta no menu do combate \u00e0 fome \u00e9 a vontade pol\u00edtica. Isso eu acho que o Brasil mostrou muito claramente.
\nLeia a entrevista concedida por Graziano \u00e0 Rede BrasilAtual sobre o Ano Internacional da Agricultura Familiar, celebrado em 2014, e sua rotina \u00e0 frente da FAO.
\nO senhor assumiu a dire\u00e7\u00e3o-geral da FAO em 2012. Quais foram as prioridades estabelecidas e no que foi poss\u00edvel avan\u00e7ar at\u00e9 agora?
\nTemos mais ou menos US$ 1 bilh\u00e3o ao ano de recursos regulares que os pa\u00edses contribuem e mais US$ 1,5 bilh\u00e3o de recursos volunt\u00e1rios que basicamente s\u00e3o dedicados para emerg\u00eancias. Esse total de US$ 2,5 bilh\u00f5es distribu\u00edmos entre os 197 pa\u00edses afiliados. Os mais pobres recebem mais aten\u00e7\u00e3o. Principalmente os da regi\u00e3o do Sahel, do chifre da \u00c1frica. Quando eu cheguei a FAO tinha listado 10 mil atividades no bi\u00eanio. Trabalh\u00e1vamos quase como uma ONG, fazendo coisinhas aqui e coisinhas ali. Consegui aprovar na nossa \u00faltima confer\u00eancia, em julho, um plano de trabalho focado em cinco prioridades: a primeira \u00e9 a erradica\u00e7\u00e3o da fome. \u00c9 uma novidade, porque os pa\u00edses chegaram \u00e0 conclus\u00e3o que a fome n\u00e3o tem conversa, n\u00e3o tem meio termo, temos que erradic\u00e1-la. N\u00f3s podemos erradicar. O mundo hoje produz mais do que o suficiente para alimentar todo mundo e ainda joga fora um ter\u00e7o do que produz. Ent\u00e3o n\u00e3o tem por que ter gente com fome.
\nSegundo, ter uma produ\u00e7\u00e3o mais sustent\u00e1vel. Aumentamos muito a produ\u00e7\u00e3o e a produtividade agr\u00edcola. Basicamente desde os anos 1960, com a Revolu\u00e7\u00e3o Verde, a FAO aumentou 40% da produtividade per capita de gr\u00e3os. No entanto, o impacto sobre o meio ambiente \u00e9 muito alto. Estamos hoje revendo esse modelo para um modelo socialmente mais justo, mas tamb\u00e9m ambientalmente mais protecionista. A terceira prioridade \u00e9 reduzir a pobreza rural. O mundo concentra a pobreza hoje nos rinc\u00f5es rurais e \u00e9 na zona rural que tamb\u00e9m est\u00e3o os produtores de alimentos. No entanto, n\u00f3s temos 70% da nossa gente que produz passando fome. Na \u00c1frica, 90% da popula\u00e7\u00e3o pobre est\u00e1 no meio rural.
\nA quarta \u00e9 ter sistemas alimentares mais inclusivos. Hoje as cadeias alimentares s\u00e3o muito concentradas em grandes monop\u00f3lios, da produ\u00e7\u00e3o de sementes \u00e0 distribui\u00e7\u00e3o no varejo. A FAO est\u00e1 lutando por um modelo de produ\u00e7\u00e3o e consumo mais local. Temos feito v\u00e1rios acordos, um deles, por exemplo, com o movimento Slow Food, que luta por o que eles chamam de transporte zero. A ideia de que cada localidade tem de buscar produzir o alimento de que necessita, valorizando produtos regionais, costumes e h\u00e1bitos alimentares.
\nParte dos bancos europeus tem proibi\u00e7\u00f5es de investimento em fundos de commodities agropecu\u00e1rias, o que limita a especula\u00e7\u00e3o. Esperamos que outros pa\u00edses e outros bancos adotem mecanismos de controle
\nE a \u00faltima?
\nA quinta prioridade \u00e9 a resili\u00eancia. Resili\u00eancia \u00e9 a capacidade da popula\u00e7\u00e3o de resistir aos impactos das mudan\u00e7as clim\u00e1ticas. N\u00f3s estamos cansados de trabalhar de inunda\u00e7\u00e3o em inunda\u00e7\u00e3o e de seca em seca. \u00c0s vezes n\u00f3s temos, em um mesmo ano, em um pa\u00eds, uma seca e uma inunda\u00e7\u00e3o, como ocorre na regi\u00e3o do Sahel. \u00c9 uma regi\u00e3o des\u00e9rtica, mas na \u00e9poca das chuvas s\u00e3o tr\u00eas meses concentrados de muitas chuvas com inunda\u00e7\u00e3o e depois s\u00e3o nove meses de seca absoluta. Isso tem solu\u00e7\u00e3o. Podemos armazenar a \u00e1gua e evitar que a seca se transforme em fome.
\nN\u00f3s conseguimos muita coisa nesses dois anos, mas temos muito o que fazer e lembrar que a FAO \u00e9 s\u00f3 um organismo de assessoria t\u00e9cnica. N\u00e3o somos agentes financeiros, n\u00e3o temos recursos. Mas temos conseguido parcerias, por exemplo, com o Banco Mundial. Hoje a FAO tem orgulho de dizer que, embora n\u00f3s tenhamos ainda 840 milh\u00f5es de pessoas famintas no mundo, dos 128 pa\u00edses que a gente monitora m\u00eas a m\u00eas, 62 j\u00e1 alcan\u00e7aram a primeira meta do mil\u00eanio, que \u00e9 reduzir \u00e0 metade a propor\u00e7\u00e3o de famintos. Continuam os 840 milh\u00f5es, mas n\u00f3s j\u00e1 conseguimos que praticamente metade dos pa\u00edses em desenvolvimento tenham um programa de combate \u00e0 fome, de alimenta\u00e7\u00e3o escolar, de seguran\u00e7a alimentar.
\nQuais as grandes dificuldades para se alcan\u00e7ar essas cinco metas, al\u00e9m dos recursos financeiros?
\nO maior ingrediente que falta no menu do combate \u00e0 fome \u00e9 o compromisso pol\u00edtico. Isso eu acho que o Brasil mostrou muito claramente. Quando o presidente Lula lan\u00e7ou o programa Fome Zero, muita gente ironizou. Hoje o Brasil exibe n\u00fameros para dar inveja no mundo todo pela rapidez com que conseguimos reduzir a mortalidade infantil, os subnutridos, botar em pr\u00e1tica um programa de seguran\u00e7a alimentar e transformar a fome em uma quest\u00e3o pol\u00edtica. Hoje ningu\u00e9m discute mais se h\u00e1 fome. A gente discute a melhor maneira de se alcan\u00e7ar essas pessoas que precisam da ajuda do Estado. Isso falta na grande maioria dos pa\u00edses que ainda n\u00e3o logrou cumprir com a primeira meta do mil\u00eanio de reduzir \u00e0 metade os famintos. Falta sobretudo em algumas regi\u00f5es do mundo, particularmente na \u00c1frica que, em fun\u00e7\u00e3o de conflitos internos, n\u00e3o consegue ter uma prioridade nacional. Eu sempre digo que para erradicar a fome n\u00e3o basta vontade de um governo, tem de ser vontade de uma sociedade. \u00c9 uma meta de uma sociedade, n\u00e3o de um governo.
\nJ\u00e1 \u00e9 poss\u00edvel verificar o impacto que esse recente acordo da OMC (Organiza\u00e7\u00e3o Mundial do Com\u00e9rcio) pode provocar no combate \u00e0 fome?
\n\u00c9 o primeiro grande acordo que n\u00f3s conseguimos em termos de com\u00e9rcio mundial. Basicamente o acordo \u00e9 dizer que a prioridade \u00e9 a seguran\u00e7a alimentar. O pa\u00eds pode fazer o que for necess\u00e1rio para garantir a seguran\u00e7a alimentar dos seus cidad\u00e3os. Isso inclui comprar alimentos dos pequenos produtores. Por que a \u00cdndia estava brigando, por que o Brasil estava brigando, por que pa\u00edses menores, como o N\u00edger, estavam brigando? Hoje, n\u00f3s temos um problema de dif\u00edcil solu\u00e7\u00e3o: os que produzem os alimentos s\u00e3o os que passam fome. A solu\u00e7\u00e3o est\u00e1 em produzir mais. Por que eles n\u00e3o produzem mais? Porque n\u00e3o t\u00eam dinheiro, n\u00e3o t\u00eam assist\u00eancia t\u00e9cnica. Mas h\u00e1 uma coisa que falta al\u00e9m disso: mercado. O que eles produzem eles n\u00e3o t\u00eam para quem vender. Ningu\u00e9m compra meia d\u00fazia de ovos de uma senhora no interior do Qu\u00eania. S\u00f3 compra se tiver um programa da merenda escolar que vai l\u00e1 e compra esses ovos para usar na merenda escolar. Essa \u00e9 a sa\u00edda. Esses programas estavam condenados ou n\u00e3o autorizados pela OMC. Agora est\u00e3o reconhecidos como leg\u00edtimos.
\nNessa quest\u00e3o da erradica\u00e7\u00e3o da fome, de que maneira a especula\u00e7\u00e3o, o mercado financeiro, podem acabar atrapalhando e retardando o cumprimento desse objetivo?
\nO mercado financeiro est\u00e1 entre os respons\u00e1veis pela subida dos pre\u00e7os dos alimentos. N\u00e3o exatamente pela alta, mas pela volatilidade dos pre\u00e7os. Quando os pre\u00e7os est\u00e3o em alta, o mercado financeiro faz a subida ser mais acelerada, e vice-versa. Quando os pre\u00e7os est\u00e3o caindo, ele empurra mais para baixo, faz a queda ser mais demorada. Esse aumento dos extremos e da volatilidade tem a ver com as especula\u00e7\u00f5es financeiras de fundos de commodities que incluem os de alimentos. No pico de 2007 e 2008, hoje j\u00e1 h\u00e1 evid\u00eancias suficientes para mostrar que a especula\u00e7\u00e3o financeira junto com o uso de gr\u00e3os para combust\u00edveis nos Estados Unidos e na Europa foram as duas grandes vari\u00e1veis que empurraram os pre\u00e7os dos alimentos para esse patamar superior que temos hoje. O que tem sido feito at\u00e9 agora s\u00e3o mecanismos de controle volunt\u00e1rio. Muita gente desdenha esses mecanismos pedindo por interven\u00e7\u00f5es mais r\u00edgidas. Praticamente os bancos alem\u00e3es e boa parte dos bancos europeus, sobretudo os n\u00f3rdicos, hoje t\u00eam proibi\u00e7\u00f5es expl\u00edcitas de investimento de fundos em commodities agropecu\u00e1rias, o que limitou muito a especula\u00e7\u00e3o. N\u00f3s esperamos que outros pa\u00edses e outros bancos possam vir a adotar esses mecanismos de controle.
\nO que \u00e9 mais efetivo no combate \u00e0 fome: o agroneg\u00f3cio ou a agricultura familiar?
\nLembrando que 2014 ser\u00e1 o Ano Internacional da Agricultura Familiar. No Brasil, apesar dos investimentos crescentes, ainda h\u00e1 queixas de que n\u00e3o se d\u00e1 a aten\u00e7\u00e3o devida a essa modalidade, em compara\u00e7\u00e3o com o agroneg\u00f3cio.
\nTivemos a oportunidade de lan\u00e7ar na Assembleia Geral das Na\u00e7\u00f5es Unidas o Ano Internacional da Agricultura Familiar. Esperamos mostrar as diferentes caras da agricultura familiar no mundo, porque ela \u00e9 de uma diversidade incr\u00edvel. A\u00ed se incluem produtores de alimentos, de produtos de exporta\u00e7\u00e3o, pescadores artesanais, pastores n\u00f4mades. H\u00e1 uma grande diversidade de caras da agricultura familiar. Esse talvez seja o maior papel do Ano da Agricultura Familiar: queremos mostrar as caras para que eles adquiram sua identidade, para que eles possam ter orgulho de ser o que s\u00e3o. H\u00e1 uma grada\u00e7\u00e3o quando falamos de agricultura familiar. Temos desde aquele pequenininho, que tem s\u00f3 um quintal praticamente, at\u00e9 unidades familiares que chegam a 100 hectares, como no Canad\u00e1, Estados Unidos, Fran\u00e7a e Alemanha. Isso n\u00e3o tira a no\u00e7\u00e3o de que s\u00e3o pequenos neg\u00f3cios, pequenas atividades geridas pela fam\u00edlia.
\nHoje, 80% dos alimentos do mundo v\u00eam de segmentos distintos da agricultura familiar. Queremos que o mundo reconhe\u00e7a que eles s\u00e3o fundamentais na conserva\u00e7\u00e3o do meio ambiente, porque t\u00eam uma atividade mais diversificada, n\u00e3o s\u00e3o monocultores, ent\u00e3o ajudam a conservar a diversidade ambiental. Reconhecer que eles t\u00eam um papel fundamental na luta contra a pobreza. Se n\u00f3s conseguirmos que cada um deles seja produtor local para mercados locais, erradicaremos a pobreza no mundo. N\u00f3s queremos tamb\u00e9m reconhecer neles uma sociedade mais democr\u00e1tica, no sentido de ter uma renda mais bem distribu\u00edda, ter uma propriedade distribu\u00edda melhor.
\nEu n\u00e3o vejo uma contradi\u00e7\u00e3o fundamental entre agricultura familiar e agroneg\u00f3cio. Sempre disse isso, \u00e9 minha posi\u00e7\u00e3o e tenho livros sobre isso. O agroneg\u00f3cio e a agricultura familiar concorrem por recursos do governo. Se o governo \u00e9 capaz de fazer um menu de pol\u00edticas para um e um menu diferente de pol\u00edticas para o outro, e ter cr\u00e9dito para o agricultor familiar na medida em que ele precisa, e ter cr\u00e9dito para o agroneg\u00f3cio na medida que ele precisa, os dois t\u00eam pap\u00e9is complementares importantes. No caso brasileiro, de um conflito evidente nos anos 2000, n\u00f3s temos hoje uma conviv\u00eancia, uma coopera\u00e7\u00e3o entre agricultura familiar e agroneg\u00f3cio, porque a agricultura familiar tamb\u00e9m faz parte das cadeias produtivas. N\u00e3o h\u00e1 uma cadeia produtiva no Brasil hoje, do milho, da soja, do arroz, do feij\u00e3o, da cana-de-a\u00e7\u00facar, que n\u00e3o tenha um componente majorit\u00e1rio de agricultores familiares. \u00c9 um erro pensar que s\u00e3o cadeias exclusivas do agroneg\u00f3cio a soja, por exemplo, a produ\u00e7\u00e3o de ovos, frangos, carnes, leite e tantos outros alimentos que, em geral, s\u00e3o identificados como agricultura familiar.<\/p>\n

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  O objetivo do agr\u00f4nomo Jos\u00e9 Graziano na Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas para a Alimenta\u00e7\u00e3o e a Agricultura \u00e9 o enfrentamento da fome no mundo. O problema tem solu\u00e7\u00e3o e requer vontade pol\u00edtica Fonte: Rede Brasil Atual Diretor-geral da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas para Agricultura e Alimenta\u00e7\u00e3o (FAO) h\u00e1 dois anos, completados em 1\u00ba de …<\/p>\n

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