Brasília (31/08/2016) – O Produto Interno Bruto (PIB) apresentou queda de 4,6% nos primeiros seis meses de 2016, em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo indica Comunicado Técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), com base no relatório de Contas Nacionais Trimestrais, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta quarta-feira (31/08). Os números mostram que a indústria teve queda de 5,2%, a agropecuária 3,4% e o setor de serviços 3,5%.
Na avaliação do IBGE, a queda na atividade agropecuária no segundo trimestre de 2016, em comparação com igual período de 2015, pode ser explicado pela redução dos índices de produtividade das principais culturas agrícolas: milho (-20,5%), arroz (-14,7%), algodão (-11,9%), feijão (-9,1%) e soja (-0,9%). Esse desempenho negativo na produção das principais culturas agrícolas é consequência das intempéries climáticas, como o fenômeno El Niño, segundo indica a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
A queda na produção do setor agrícola, segundo o IBGE, pode ser compreendida pela variação da estimativa de safra apresentada pela Conab. No primeiro Levantamento da safra 2015/2016, divulgada em outubro de 2015, a previsão de produção era de 213,4 milhões de toneladas. E o destaque foi a soja, com 101,9 milhões de toneladas e o milho, com previsão inicial de 83,6 milhões de toneladas.
O IBGE foi ajustando as estimativas e os efeitos do El Niño provocaram impactos negativos nas previsões. Assim, no 11º Levantamento de Estimativa de Safra, divulgado este mês, a previsão de produção de grãos caiu para 188,1 milhões de toneladas, redução de 11,9%. Para a soja, a queda foi de 6,4%, 95,4 milhões de toneladas, e o milho, queda de 18,1%, com nova previsão de 68,5 milhões de toneladas.