As taxas de juros para operações de crédito rural não devem sofrer aumento em 2016. Com isso, os produtores pernambucanos, que aderirem a novos financiamentos, com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), permanecem pagando 7,65% de juros ao ano.
A informação foi apontada na quarta-feira (17/02), durante reunião entre o assessor da presidência da Faepe e do Senar/PE, o economista Ricardo Mello, juntamente com os gerentes do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), Josué Lucena e Miriam de Souza. O encontro atende a uma solicitação dos agropecuaristas, para maiores esclarecimentos sobre a resolução de nº 10.177, emitida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), em dezembro de 2015, que aprovou o aumento dos encargos financeiros para operações de crédito do FNE. A medida é válida a partir de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2016.
Segundo o Banco, a princípio, só as operações de outros setores (comércio, indústria e serviços) sofreram alterações. O crédito agropecuário só será reestudado no segundo semestre deste ano. Dados do BNB informam que, em 2015, os financiamentos do FNE tiveram uma queda de 14,6%, em comparação a 2014, totalizando R$ 11,5 bilhões em financiamentos.
De acordo com o economista Ricardo Mello, o saldo negativo se deve, principalmente, a baixa do setor produtivo regional, ocasionada pela estiagem prolongada, somada a crise política e econômica que o país enfrenta. Para 2016, o banco estima destinar R$ 225 milhões para pecuária e R$250 milhões para agricultura, em Pernambuco.