A chegada da La Ninã anima o setor produtivo. Castigada pela maior seca dos últimos 40 anos, a bacia leiteira, no Agreste, foi bastante atingida porque as chuvas que chegavam às regiões não eram suficientes para elevar a capacidade hídrica dos reservatórios de abastecimento humano e nem para recuperar o plantio da palma – alimento do gado, que foi praticamente destruído pela praga conchonilha. Mesmo que longínqua, a projeção de chuvas chega como um alento para a pecuária do Estado.
Presidente da Federação da Agricultura do Estado de Pernambuco (Faepe), Pio Guerra, disse que se o fenômeno natural se verificar, as chuvas no Agreste podem acontecer ainda este ano. O que vai depender da intensidade do fato natural”, disse otimista.
Guerra pontuou que, mesmo que isso aconteça, a recuperação do rebanho da pastagem e das lavouras não acontece da noite para o dia, e depende do tempo.
Segundo o secretario de Agricultura do Estado, Nilton Mota, existem dois tipos de análise para as chuvas que estão por vir. “Elas poderão ser aproveitadas para abastecimento ou para a pecuária. Mas, adianto, com a redução do El Niño já identificamos chuvas mais intensas que o ano passado e com efeito para o pasto, nas regiões do Sertão Central e Setentrional. De dezembro pra cá, o IPA (Instituto Agronômico de Pernambuco) suspendeu 600 carros-pipa”, detalhou.