Os empresários de Polo de Confecções do Estado estão animados com as novas perspectivas de conclusão da Adutora do Agreste. Depois de quase seis anos consecutivos de seca, a maior obra hídrica de execução no Brasil será a redenção para os setores produtivos da região após dois anos de atraso. A expectativa é que Toritama seja a primeira cidade a receber água pela Adutora em maio deste ano, seguida Santa Cruz do Capibaribe, no mês de setembro.
“A água é fundamental para a vida e para atividade têxtil, porque o jeans precisa ser lavado. Hoje, para fazer isso, temos que recorrer ao carro-pipa”, destacou o presidente do Sindicato da Indústria de Fiação e Tecelagem em Geral e de Malharia do Estado (Sinditêxtil), Oscar Rache, frisando que 90% da produção de Toritama dependem de água. A estiagem, segundo Rache, provocou queda de 20% na produção.
Quatros consórcios envolvidos nas obras dos lotes 1,2,3 e 4, além do inicio de mais uma frente de trabalho com o Lote 5, jpa começam a mobilizar equipamentos e profissionais para dar celeridade ás intervenções. A mobilização será possível depois que a União liberou R$ 2 milhões na semana passada, e se o andamento de repasse continuar numa média de R$ 30 milhões ao mês pelos próximos dois anos, é possível que a obra completa seja entregue em 2018. “ Água é fundamental para a atividade têxtil” diz o presidente do Sindicato da Indústria Têxtil.
A Companhia Pernambucana de Saneamento (compesa) fechou o ano com montante liberado de R$ 142 milhões. Diante da necessidade urgente de levar água para os municípios do Agreste, o governador Paulo Câmara solicitou á Compesa a realização de estudos e projetos para que fosse dada uma funcionalidade á tubulações. Na concepção original do projeto, o aqueduto seria eliminado pelo Eixo Leste da Transposição do Rio São Francisco, quando fosse concluído o ramal do Agreste, obra do governo federal que sequer foi iniciada.
Uma das alternativas para antecipar a chegada da água será a Adutora de Moxotó, a primeira ligação da Transposição com as regiões do Sertão e Agreste. Também está sendo estudado a possibilidade de levar a água da Transposição a partir de captação na Barragem de Sertânia, adiantando a chegada para o próprio município. Além disso, os trechos que vão de Caruaru e Toritama, e de Toritama a Santa Cruz do Capibaribe, serão finalizados para começar a receber água do Sistema de Pirangi, que vai levar água ao município de Catende, na Mata Sul do estado, para a Barragem do Prata, em Bonito.“ Será a saída para o setor leiteiro, que foi bastante sacrificado com a seca”, afirmou Emanuel Rocha, presidente da Sociedade Nordestina dos Criadores.
Fonte: Folha de Pernambuco
Foto: Compesa