Brasília – Os cenários para a agropecuária brasileira em 2017 são positivos. O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio deverá crescer 2% e a safra de grãos poderá alcançar o recorde de 215 milhões de toneladas, no próximo ano.
A avaliação foi feita nesta terça (6) pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) durante evento, na sede da entidade, para a divulgação do documento “Balanço 2016, Perspectiva 2017”.
A melhora no desempenho será consequência, dentre outros fatores, da recuperação da produção agrícola, com chuvas mais regulares e o avanço do plantio dentro do calendário previsto.
Em 2016, a safra de grãos teve sua maior queda em seis anos e totalizou 186 milhões de toneladas, por influência do fenômeno El Niño, marcado pela forte seca e excesso de chuvas, dependendo da região de plantio.
Segundo o Superintendente Técnico da CNA, Bruno Lucchi, culturas como a soja, o milho, o algodão, o arroz e o feijão deverão recuperar produção e área plantada.
Comércio exterior – O agronegócio aumentou sua participação nas exportações brasileiras de 46%, em 2015, para 48% neste ano. Com exceção de 2014, o setor foi o principal responsável por manter o superávit da balança comercial desde 2006, informou a superintendente de Relações Internacionais da CNA, Lígia Dutra.
O destaque foi o complexo soja, com participação de 29% nos embarques. China, União Europeia e Estados Unidos continuam como os principais parceiros comerciais do Brasil, mas outros mercados têm se destacado, como o Irã.
Câmbio – Fatores externos e domésticos vão influenciar o câmbio em 2017, de acordo com o economista-chefe da MB Associados, Sérgio Valle, que fez uma exposição no evento.
No cenário internacional, ele classificou como incógnita a eleição de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos. No Brasil, caso não haja as reformas estruturais, a retomada do crescimento será mais lenta.
Fonte: Assessoria de Comunicação CNA