O Instituto Brasileiro de Geografia e Estática (IBGE) adiou pela segunda vez o Censo Agropecuário. O levantamento, primordial na elaboração de politicas públicas, entre outras decisões do agronegócio, deveria ter começado em 2015 e ser concluído em 2016. Por falta de recursos, o prazo para início das pesquisas agora é 2017.
Porém, o IBGE não realizou as etapas que antecedem o levantamento de dados, entre elas o processo seletivo e treinamento de 1.409 agentes temporários. Isso porque, o órgão teria que contar com um montante de R$ 1,3 bilhão a ser utilizado em 2017, durante a realização do Censo. Diante da redução orçamentária em janeiro deste ano, de R$ 330,8 milhões para R$ 266,8 milhões na LOA (Lei Orçamentária) aprovada pelo Congresso Nacional, o concurso para preenchimento das vagas temporárias, destinadas ao censo, foi cancelado. De acordo com o órgão, os inscritos na seleção, vão ser reembolsados.
O IBGE chegou a publicar editais de contratação do pessoal de campo, mas o Ministério do Planejamento manteve os cortes previamente definidos para vários setores da administração, entre eles parte do orçamento destinado ao IBGE. Com isso a perspectiva de novos déficits fiscais para este ano e para o próximo ano, o Censo Agropecuário corre o risco de ser adiado sem data marcada para sua realização.
Para o presidente da Federação da Agricultura do Estado de Pernambuco (Faepe), Pio Guerra, “é lamentável passar até onze anos sem contar com informações fidedignas e confiáveis sobre a agropecuária brasileira, um dos poucos setores em desenvolvimento econômico no país”, informou Guerra na manhã desta segunda (25), durante entrevista a Rádio Jornal.
Vale ressaltar que, as informações coletadas no campo, apontaram, há 10 anos, a necessidade de infraestrutura, produção de insumos, dimensão de mercados e potencial de aumento das exportações até 2016.