O encontro será marcado pela palestra “Políticas de Convivência com as Secas na Austrália”, que será apresentada pelo representante da FAO, Marlos de Souza.
Nesta quinta-feira (17/03) será realizada a primeira reunião do Fórum Permanente de Convivência Produtiva com as Secas, no Hotel Golden Tulip, em Boa Viagem. O encontro, que terá início a partir das 8h30, será marcado pela palestra “Políticas de Convivência com as Secas na Austrália”, que será apresentada pelo secretário da Plataforma de Águas da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), a serviço da Austrália, o engenheiro Florestal Marlos de Souza.
De acordo com o secretário, a Austrália é referência na gestão dos recursos hídricos. Isso porque o país dispõe de políticas públicas estruturadoras que visam o planejamento e execução, por parte do poder público, de medidas que gerenciam períodos prolongados de seca, garantindo o abastecimento e a manutenção da atividade produtiva. O desempenho é resultado da execução de um planejamento participativo e integrado, que envolve governo, empresariado e população. O destaque do encontro será conhecer a experiência dos australianos, que conseguem manter a disponibilidade de água, tanto para o abastecimento público, quanto para as atividades econômicas do país, diante de secas tão severas.
Esta é a terceira edição do Fórum Permanente de Convivência Produtiva com as Secas. Criado em 2014 pelo Sebrae e pela Federação da Agricultura do Estado de Pernambuco (Faepe), o evento é um espaço de debates que reúne especialistas do Brasil e do exterior, a fim de discutir à adaptação ou implantação de soluções permanentes para convivência produtiva na região semiárida, a exemplo do que ocorre em países como Estados Unidos, Austrália e Índia.
A importância do evento se deve ao fato de que o Nordeste brasileiro passa pelo sexto ano consecutivo de seca. Segundo o presidente da Faepe, Pio Guerra, doze milhões de nordestinos sofrem as consequências dessa estiagem prolongada, 1.200 municípios já decretaram estado de emergência e mais de sete milhões de cabeças de gado desapareceram. Em Pernambuco ,são mais de um milhão e duzentas mil pessoas atingidas. Dados do IBGE apontam, ainda, uma redução de mais de 30% da área cultivada e cerca de 50% do Valor Bruto da Produção, se comparado a 2011.
O Fórum é composto por 14 instituições empresariais: Associação dos Criadores de Cana de Pernambuco (ACP), Associação dos Fornecedores de Cana Pernambuco (AFCP), Associação Nordestina de Agricultura e Pecuária (Anap), Associação Avícola de Pernambuco (Avipe), Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado de Pernambuco (Facep), Federação da Agricultura do Estado de Pernambuco (Faepe), Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Pernambuco (Fecomercio/PE), Federação da Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebraer/PE), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Sindicato da Indústria do Açucar e do Álcool no Estado de Pernambuco (Sindaçúcar), Sindicato dos Cultivadores de Cana de Açúcar de Pernambuco (Sindicape), Grupo Folha de Pernambuco e Instituto Euvaldo Lodi (IEL).