Vale colhe 1º safra de uva sem caroço

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Agronegócio após pesquisa da Embrapa ,chega ao mercado a promissora BRS vitória

Fernado Castilho

Os produtores de fruta do vale do são Francisco estão colocando no mercado seu mas novo produto: a BRS vitória, a primeira variedade de uva de mesa negra , sem semente, produzida no brasil. Seu diferencial, além do sabor adocicado, polpa consistência suave e tamanho médio é ter grande potencial econômico . Na região do chamado Submédio São Francisco, serão produzidas duas safras/ano, chegando a 50 mil quilos por hectare.

A BRS vitória foi desenvolvida pela Embrapa Uvas e Vinhos ,em Beto Gonçalves (RS). A cepa foi melhorada a parti da demanda dos mercado nacional e internacional. De início, os produtores levaram as prateleiras dos supermercados a primeira uva sem semente, a Festival . Depois ,eles substituíram o produto gradativamente por variedade importadas, entre elas a Thompson e Sugra-One.

Estas uvas, entretanto, produzem apenas uma safra/ano atingindo, no máximo,25 mil quilos por hectares. A variedade vitória foi desenvolvida, também, para ser resistente ao fungo míldio (Plasmopara vitícola), principal doença fúngica da videira.
Desde o começo, a proposta dos pesquisadores da Embrapa foi adotar uma variedade de resistência a esse tipo de doença. O o melhoramento ficou pronto em 2012 e em 2013 e 2014 foi plantada no vale do são Francisco , com o apoio da Embrapa Semiárido .

Há uma grande expectativa dos produtores sobre a nova variedade. Um dos pioneiros no cultivo da BRS Vitória , em Petrolina , foi o empresário Ricardo Capellaro , lider de um grupo que esta organizando a edição de um estatuto para a produção da variedade. “O objetivo , segundo o empresário , é ter um manual técnico escrito por um agrônoma de modo a orienta os produtores mirando na elaboração de um selo de qualidade” , diz Capellaro.

A Estimativa da Embrapa Semiárido de Petrolina é que, hoje, no vale do são Francisco , já existam 200 hectares plantados com vitória o que fara de 2016 o primeiro ano em que a variedade entra, de fato, no mercado. Registre-se também as primeiras exportações para Estados Unidos e Europa.

Segundo a pesquisadora Patrícia Leão , que esta acompanhado a expansão da variedade em campo, há uma expectativa muito positiva sobre o sucesso da vitória, ao mesmo tempo em que surge uma preocupação com os cuidados que a planta exige do produtor.
É que a beleza do cachos e densidade do preto podem induzir o agricultor a avaliar que o pomar está em tempo de colheita .Se ocorrer algum erro, o resultado será uma fruta fora do padrão. Dai , os produtores pioneiros começaram a formar um grupo de análise para criação de um padrão próprio de qualidade.

Segundo Patrícia Leão , apesar do acompanhamento da Embrapa semiárido e das palestras de divulgação , o receio dos produtores e que uma colheita equivocada acabe “queimando” o produto no mercado.
A esposa no potencial de Vitória esta maior esse ano , pois é a primeira vez em que a fruta será colhida em base comerciais . O padrão da Thompson e da Sugra One acostumou o consumidor com uma uva de excelente qualidade. Vitória , portanto, entra na disputa por um consumidor disposto a pagar mais, porém que cobra altíssima qualidade . De qualquer forma, todos reconhecem que BRS Vitória tem grande futuro. Visualmente , ela é maior que a conhecida uva Isabel , variedade de tamanho pequeno ainda plantada em Pernambuco e na Bahia , e um pouco menor que as uvas de sementes importadas.
No campo, a engenharia genética da Embrapa uvas e vinhos permitiu , além da redução de custos com herbicidas , um manejo mas fácil. Mas , com adverte a pesquisadora patrícia leão , o desafio esta na finalização da colheita , poios para que a uva possa ter um maior tempo de prateleira ela exige ser colhida na hora certa.

Ricardo Capellaro concorda com a advertência da pesquisadora:” pelo o que estamos vendo em seu desenvolvimento no campo, a BRS Vitoria é uma variedade que dá ao produtor uma redução de custos com raleio ( poda do cacho ), herbicida já que é resistência ao míldio , produz mais cachos por planta . Isso explica a necessidade de cuidado dos produtores que já estão com a variedade em campo. O que desejamos , diz o empresário , é uma uva com cor aroma e sabor.

O Grupo Capellero efetuou esta semana, exportação dos primeiros contêineres de uva para os estados unidos, onde a variedade obteve grande aceitação após a exportação teste no mês passado.

Fonte: Jornal do Commercio
Foto: Divulgação