Pesca industrial ganha força no Brasil

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Busca por alimentos ricos em proteínas e com baixo teor de gordura têm contribuído o aumento da oferta de peixes no país. Profissionais comemoram seu Dia nesta quarta-feira (29/06)

 

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Brasília (29/06/2016) – Nos últimos anos, a produção de pescado recebeu atenção especial no cenário mundial em decorrência do crescimento da demanda por alimentos ricos em proteínas e com baixo teor de gordura saturada. Dados recentes da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) indicam níveis recordes, com um total de 160 milhões de toneladas de pescado, provenientes tanto da aquicultura quanto da pesca. Nesta quarta-feira (29/6) é comemorado o Dia do Pescador e a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e as Federações da Agricultura e Pecuária parabenizam os pescadores pela atuação e dedicação à atividade.

O pescado é um dos alimentos mais exportados mundialmente, com desempenho econômico superior as demais culturas, com receita de US$ 136 bilhões em 2013 (dados mais recentes divulgados pela FAO em 2014). O segmento apresenta ainda a maior taxa de crescimento das exportações nos países em desenvolvimento nas últimas décadas. Já no Brasil, cujo potencial ainda não é explorado como poderia, a produção do pescado tem números modestos. A produção da aquicultura está aquém do potencial brasileiro e a da pesca mantêm-se estagnada desde 2009. Políticas públicas podem ajudar a reverter este cenário agregando maior competitividade à cultura frente aos demais produtos.

Os dados disponíveis mostram que 31% da pesca brasileira é artesanal, um tipo de pesca caracterizada, principalmente, pela mão de obra familiar, com embarcações de pequeno porte, em canoas ou jangadas. Outros 69% da pesca marinha (industrial) – captura de pescado, utilizando navios de grandes dimensões, geralmente bem equipados, dispondo de redes potentes.

ATUAÇÃO DA COMISSÃO – Os dados acima mostram a importância da pesca industrial. Em razão desse cenário, a CNA instituiu, em 2015, a Comissão Nacional de Pesca, que atua no âmbito técnico, político e econômico do setor da pesca industrial, defendendo e representando os interesses do setor em fóruns, audiências e congressos no Brasil e no exterior. Segundo o presidente da Comissão, Flavio Leme, a pesca não é somente uma atividade primária.

A atividade possui ainda a participação de indústrias de processamento, supermercados, peixarias, restaurantes, estaleiros, oficinas de manutenção, fornecedores de insumos e fábricas de gelo. “É um universo com milhares de pessoas, centenas de profissões e com uma imensa rede de atividades associadas. Por isso a atividade pesqueira é muito importante para o agronegócio, sendo responsável pela geração de alimento, trabalho e renda para a população brasileira”, afirma Leme.

HISTÓRIA – A relação do homem com os peixes remonta aos primórdios da civilização. Sem ainda ter desenvolvido as formas tradicionais de cultivo da terra e criação de animais, as sociedades primitivas praticamente dependiam da pesca como fonte de alimentos. No Brasil, a natureza foi generosa, com grandes rios e afluentes, sempre favoreceu a atividade. Mesmo antes do descobrimento a pesca já havia se estabelecido entre os indígenas. Quando os portugueses aqui atracaram, encontraram tribos nativas com seus métodos próprios para a construção de canoas e utensílios para a captura de peixes.

O ápice da produção nacional de peixe ocorreu na década de 1985, quando foi registrada a captura de 956 mil toneladas de pescado. Após um período de recessão, a pesca extrativa voltou a se estabilizar em 2009, atingindo a marca de 803 mil toneladas de pescado em 2011.

Foto: Divulgação CNA