Pernambuco vislumbra novas fronteiras para exportação no Japão

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A partir de novembro, o Brasil está liberado a exportar novas frutas para o Japão. Em Pernambuco, o setor se fortalece porque terá a oportunidade de ampliar sua participação no mercado asiático, onde atua com limitações.



Por Raquel Freitas / Jornal Folha de Pernambuco

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O Estado pode expandir exportação de frutas para o mercado japonês. Isso porque, o Ministério da Agricultura, Florestas e Pescas (MAFF) do Japão atualizou a norma que permite ao Brasil vender frutas cítricas, melão, caqui e novas variedades de manga para o país oriental.

Atualmente, O Estado exporta para o Japão mangas produzidas no Vale do São Francisco. Porém a quantidade de variedade ainda é restrita. A norma, que entra em vigor a partir de novembro deste ano, assegura as garantias fitossanitárias, com a perspectiva de ampliar a participação dos fruticultores pernambucanos.

De acordo com o Ministério da Agricultura, o adido no Japão, Marcelo Mota, recebeu uma carta das autoridades fitossanitárias nipônicas informando sobre a necessidade de se apresentar o plano de trabalho sobre os procedimentos oficiais e de responsabilidade dos exportadores. É necessário que o documento contenha informações sobre o controle de pragas, incluindo a gestão de risco para algumas espécies de mosca-das-frutas.

Dados da Moscamed, organização que monitora a presença da praga no Estado, relatam que os índices desse ano são inferiores, comparados a 2015, fortalecendo a participação dos pernambucanos em grandes mercados, como o do Japão. “Resta saber qual será o índice imposto pelo país. Os Estados Unidos, por exemplo, estabeleceu o med 1 (índice que mede o nível de infestação de mosca-das-frutas nos pomares). No entanto, a média atual do Vale do São Francisco está em med 4, o que significa dizer que não podemos relaxar”, explicou Jair Virgínio ao Jornal Folha de Pernambuco.

Para isso, a Adagro – Agência de Defesa e Fiscalização de Pernambuco renovou contrato de monitoramento com a Moscamed, que realiza o monitoramento nas pequenas propriedades da região. Todavia, Virgínio alerta que o Japão exigirá um tratamento pós colheita, na tentativa de impedir que o ovo-larva da praga se prolifere. “Tive recentemente, uma reunião na Câmara de Fruticultura e ficou definido que as propriedades devam ter mais rigor no que diz respeito ao controle da praga”, orientou.

Segundo o presidente, a expectativa é que os países determinem qual o índice de infestação exigido. O plano de trabalho deverá ser exigido nos próximos dias. “A aceitação das frutas brasileiras nos Japão mostra a solidez do nosso sistema de sanidade e certificação”, disse o secretario de Defesa Agropecuária, Luis Rangel.

A exportação de manga no Vale do São Francisco apresentou um aumento de 20%, em 2015, em comparação à safra anterior, registrando um acréscimo de mais de US$ 21 milhões na pauta de exportações do País. O mercado americano é que mais demanda do Vale.  Animado com a notícia, o gerente Executivo da Vale Export, Tássio Lustoza contou que, recentemente, havia feito sugestões ao Ministério da Agricultura para aumentar a participação no mercado nipônico com as mangas dos tipos Palmer e Ataulfo, pois apenas as dos tipos Tommy e Kent têm livre acesso lá.

Foto: Divulgação CNA